PROLAPSO DA GLANDULA DA TERCEIRA PALPEBRA
A Glândula Lacrimal da Terceira Pálpebra
Posicionada atrás da Terceira Pálpebra, animais como cães e gatos apresentam uma glândula pertencente ao Sistema Lacrimal que é responsável por quase 60% da produção de lágrima total do animal – A Glândula da Terceira Pálpebra.
A predisposição racial ( Bulldogs, Pug, Boston Terriers, Boxers, Lhasa Apso, Shit zu, Cocker Spainels, Beagles, Mastiffs e Sharpeis) é um fator importante para o aparecimento do prolapso da Glândula da Terceira Pálpebra que em geral, ocorre em animais mais jovens e de forma bilateral.
Etiologia, Diagnóstico e Sinais Clínicos
Esta patologia, também conhecida como Cherry eyes ( Olhos de cereja), caracteriza-se pelo aparecimento de um tecido de coloração rosada na frente do olho, no canto próximo ao nariz.
Ela ocorre quando o ligamento que a prende, o ligamento retináculo, solta-se e a glândula se expõe. Sua exposição gera uma inflamação, causando aumento de tamanho. O diagnóstico é visual e fácil, não necessitando auxilio de nenhum aparelho.
O animal apresenta secreção mucosa, de coloração verde ou amarelada, muitas vezes confundida com pus, coceira local, e leve incomodo.
O grande problema desta patologia é a alteração da quantidade lacrimal que, nesta condição, encontra-se diminuída. A lágrima como sabemos, tem funções importantes sobre todo o metabolismo ocular, como nutrição e oxigenação das células da córnea, lubrificação e proteção da superfície corneana, bactericida, etc. A sua diminuição deve ser rapidamente contornada para que a função lacrimal eficiente seja restabelecida. Há risco de ulceração devido ao olho encontrar-se mais seco.
Tratamento
O tratamento é cirúrgico. A glândula deve ser reposicionada. A opinião de um especialista é importante pois esta condição é uma rotina nos consultórios oftalmológicos e, a escolha da técnica cirúrgica adequada, é de extrema importância para o sucesso e resolução do caso o mais rápido possível.
Atualmente, não existe mais discussão sobre retirar ou não esta glândula. O que se discute é o método cirúrgico de reposicionamento a ser usado.
Há literatura que compara a retirada desta glândula, quando o prolapso ocorre, com a amputação de um membro, quando este é acometido por uma fratura. Ou seja, a sua retirada não é indicada e não deve ser feita.
Em caso de extirpação desta glândula, o animal pode apresentar posteriormente Ceratoconjuntivite seca (Olho seco), uma condição que pode levar à cegueira por alterações corneanas, tem tratamento difícil, longo e dispendioso.
O olho com glândula prolapsada também deve receber lubrificantes, antibióticos e antiinflamatórios antes e depois do procedimento. O prognóstico é bom e a recuperação rápida.
Fique atento às necessidades de seu animal e procure sempre um Médico Veterinário de sua confiança.
Dra. Mirza Melo – Médica Veterinária – Oftalmologia
CRMV – 2197/CE
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
SLATTER, D. Lente. In: ______. Fundamentos de Oftalmologia Veterinária. 3ª edição. São Paulo: Roca, 2005.
COULTER, D.B.; SCHMIDT, G.M. Sentidos especiais I: Visão. In: SWENSON, M.J.; REECE, W.O. Dukes: Fisiologia dos animais domésticos. 11ª edição. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1996.
ANDRADE, A.L. Semiologia do sistema visual dos animais domésticos. In: FEITOSA, F.L.F. Semiologia Veterinária: A arte do diagnóstico. 1ª edição. São Paulo: Roca, 2004.
BARNETT, K.C. e CRISPIN, S.M. Fundus. In: BARNETT, K.C. e CRISPIN, S.M. Feline OphthalmologyAn Atlas and Text. 1. ed. London: W. B. Saunders Company Ltd., 1998
MARTIN, C.L., STILES, J. Manifestações Oculares de Doenças Sistêmicas. In: GELATT, K.N. Manual de Oftalmologia Veterinária. 1.ed. São Paulo: Manole, 2003
TURNER, S.M. Oftalmología de pequeños animales. 1ª Edição. Editora Elsevier Saunders. Barcelona, Espanha. 2009.
SANDMEYER, L.S. et al. Diagnostic Ophthalmology. Can.Vet.J., 2007.
Posicionada atrás da Terceira Pálpebra, animais como cães e gatos apresentam uma glândula pertencente ao Sistema Lacrimal que é responsável por quase 60% da produção de lágrima total do animal – A Glândula da Terceira Pálpebra.
A predisposição racial ( Bulldogs, Pug, Boston Terriers, Boxers, Lhasa Apso, Shit zu, Cocker Spainels, Beagles, Mastiffs e Sharpeis) é um fator importante para o aparecimento do prolapso da Glândula da Terceira Pálpebra que em geral, ocorre em animais mais jovens e de forma bilateral.
Etiologia, Diagnóstico e Sinais Clínicos
Esta patologia, também conhecida como Cherry eyes ( Olhos de cereja), caracteriza-se pelo aparecimento de um tecido de coloração rosada na frente do olho, no canto próximo ao nariz.
Ela ocorre quando o ligamento que a prende, o ligamento retináculo, solta-se e a glândula se expõe. Sua exposição gera uma inflamação, causando aumento de tamanho. O diagnóstico é visual e fácil, não necessitando auxilio de nenhum aparelho.
O animal apresenta secreção mucosa, de coloração verde ou amarelada, muitas vezes confundida com pus, coceira local, e leve incomodo.
O grande problema desta patologia é a alteração da quantidade lacrimal que, nesta condição, encontra-se diminuída. A lágrima como sabemos, tem funções importantes sobre todo o metabolismo ocular, como nutrição e oxigenação das células da córnea, lubrificação e proteção da superfície corneana, bactericida, etc. A sua diminuição deve ser rapidamente contornada para que a função lacrimal eficiente seja restabelecida. Há risco de ulceração devido ao olho encontrar-se mais seco.
Tratamento
O tratamento é cirúrgico. A glândula deve ser reposicionada. A opinião de um especialista é importante pois esta condição é uma rotina nos consultórios oftalmológicos e, a escolha da técnica cirúrgica adequada, é de extrema importância para o sucesso e resolução do caso o mais rápido possível.
Atualmente, não existe mais discussão sobre retirar ou não esta glândula. O que se discute é o método cirúrgico de reposicionamento a ser usado.
Há literatura que compara a retirada desta glândula, quando o prolapso ocorre, com a amputação de um membro, quando este é acometido por uma fratura. Ou seja, a sua retirada não é indicada e não deve ser feita.
Em caso de extirpação desta glândula, o animal pode apresentar posteriormente Ceratoconjuntivite seca (Olho seco), uma condição que pode levar à cegueira por alterações corneanas, tem tratamento difícil, longo e dispendioso.
O olho com glândula prolapsada também deve receber lubrificantes, antibióticos e antiinflamatórios antes e depois do procedimento. O prognóstico é bom e a recuperação rápida.
Fique atento às necessidades de seu animal e procure sempre um Médico Veterinário de sua confiança.
Dra. Mirza Melo – Médica Veterinária – Oftalmologia
CRMV – 2197/CE
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
SLATTER, D. Lente. In: ______. Fundamentos de Oftalmologia Veterinária. 3ª edição. São Paulo: Roca, 2005.
COULTER, D.B.; SCHMIDT, G.M. Sentidos especiais I: Visão. In: SWENSON, M.J.; REECE, W.O. Dukes: Fisiologia dos animais domésticos. 11ª edição. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1996.
ANDRADE, A.L. Semiologia do sistema visual dos animais domésticos. In: FEITOSA, F.L.F. Semiologia Veterinária: A arte do diagnóstico. 1ª edição. São Paulo: Roca, 2004.
BARNETT, K.C. e CRISPIN, S.M. Fundus. In: BARNETT, K.C. e CRISPIN, S.M. Feline OphthalmologyAn Atlas and Text. 1. ed. London: W. B. Saunders Company Ltd., 1998
MARTIN, C.L., STILES, J. Manifestações Oculares de Doenças Sistêmicas. In: GELATT, K.N. Manual de Oftalmologia Veterinária. 1.ed. São Paulo: Manole, 2003
TURNER, S.M. Oftalmología de pequeños animales. 1ª Edição. Editora Elsevier Saunders. Barcelona, Espanha. 2009.
SANDMEYER, L.S. et al. Diagnostic Ophthalmology. Can.Vet.J., 2007.

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